Mosquito transgênico é solto para tentar acabar com dengue
Parece o anúncio do fim da luta contra uma das doenças tropicais que mais preocupam a saúde pública: em Juazeiro, na Bahia, começaram os testes com o aedes aegypti transgênico, versão do mosquito transmissor da dengue que poderia diminuir drasticamente a incidência da doença. Para alguns especialistas, no entanto, não é bem assim – eles acreditam que a medida envolve muitos gastos e dificilmente poderá chegar a uma solução.
A esperança do projeto está no mosquito solto no ambiente. Importada pela empresa inglesa Oxitec, a espécie transgênica é capaz de produzir filhotes que morrem antes de chegar à vida adulta, quando poderiam transmitir a dengue. A pesquisadora Margareth Capurro, do Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo (USP), explica que o projeto está na sua terceira fase, e que são liberados 33 mil mosquitos por semana no bairro de Itaberaba, na cidade baiana. Desde o início dos testes, até agora, foram soltos quase meio milhão de mosquitos modificados. Os dados são da Moscamed, instituição encarregada de testar o mosquito aqui no Brasil, junto com a USP.
Segundo o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Curié Cabral, um dos aspectos a que os pesquisadores devem ficar atentos é justamente a capacidade do aedes transgênico de competir com os mosquitos selvagens pela fêmea.
Jornal do Brasil
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